terça-feira, 3 de maio de 2011

Educação Física Documento:O VOLEIBOL

O VOLEIBOL
O vôlei foi inventado em 1895.
A ideia do vôlei surgiu em 1895, quando o americano William George Morgan, que assumira naquele ano a função de professor de educação física na faculdade YMCA (Associação Cristã de Moços) de Holyoke, Massachusetts (EUA), tentava criar uma nova competição em quadra coberta que pudesse ser praticada pelos seus alunos.
Antes de se formar na faculdade da YMCA em Springfield, Morgan conheceu James Naismith, que havia criado o basquete em 1891. No entanto, o basquete era muito intenso e com muito contato físico, o que era um atrativo para os jovens. E a intenção de Morgan era criar um jogo recreativo que ao mesmo tempo fosse competitivo e sem contato físico, para atrair o público mais velho. Morgan tinha seu esporte, batizado por ele de Mintonette.
No início de 1896, uma conferência foi organizada na faculdade YMCA de Springfield, na qual estiveram presentes todos os professores de educação física da YMCA. Morgan, então, foi convidado pela direção para fazer uma demonstração de seu jogo no ginásio recém-inaugurado da faculdade.
Após assistir à demonstração e ouvir as explicações de Morgan, o professor Alfred T. Halstead chamou a atenção para a ação do vôo da bola por cima da rede (voleio), sem tocar o chão, e propôs que o nome Mintonette fosse substituído por Volley Ball. O nome foi aceito por Morgan e pela conferência, permanecendo desta forma até 1952, quando o Comitê Administrativo da então Associação de Volley Ball dos Estados Unidos votou pela pronúncia do nome em apenas uma palavra, passando para a forma definitiva Volleyball
Em 1916, um artigo do Guia de Vôlei Spalding escrito por Robert C. Cubbon estimou que os praticantes de vôlei nos EUA já totalizava 200 mil. Naquele mesmo ano, a YMCA conseguiu que a NCAA (a maior liga de esportes universitários dos EUA) divulgasse o vôlei em seus artigos, contribuindo para o rápido crescimento do esporte entre os jovens universitários.
Em 1918, o número de jogadores por time foi limitado a seis e, em 1922, o número máximo de toques na bola permitido foi fixado em três. Até os anos 30, o vôlei foi praticado mais como uma forma de recreação e lazer, e houve poucas atividades internacionais e competições. Isso devido ao fato que havia diferentes regras em várias partes do mundo. Entretanto, campeonatos nacionais já eram disputados nos países da Europa oriental, para onde o esporte foi levado pelos soldados americanos a partir de 1915, na 1ª Guerra Mundial. Também em função da 1ª Guerra Mundial, o Egito foi o primeiro país africano a descobrir o vôlei.
Em 1924, houve uma demonstração de esportes americanos nas Olimpíadas de Paris (FRA) e o vôlei estava entre eles. No entanto, foi apenas em setembro de 1962, no Congresso de Sofia (Bulgária), que o vôlei foi admitido como esporte olímpico. Sua primeira disputa se realizou nas Olimpíadas de Tóquio (JAP), em 1964, com a presença de dez países no masculino - Japão, Romênia, Rússia, Tchecoslováquia, Bulgária, Hungria, Holanda, Estados Unidos, Coréia do Sul e Brasil. O primeiro campeão olímpico masculino foi a Rússia, a Tchecoslováquia foi a vice e a medalha de bronze ficou com o Japão. No feminino, o Japão também levou o ouro. A Rússia ficou em segundo e a Polônia, em terceiro.

Vôlei no Brasil
Não se tem registro de quando o vôlei chegou às terras brasileiras. Oficialmente, a primeira competição do esporte no país foi realizada em Recife (PE), em 1915, organizada pela Associação Cristã de Moços (ACM) local, e com regras e regulamento definidos. Assim, tudo leva a crer que o esporte já era praticado informalmente antes desta data. A partir daquele momento, entretanto, colégios de outras cidades pernambucanas passaram a ter o vôlei como uma de suas disciplinas de educação física. Dois anos depois, em 1917, o esporte chegou à ACM de São Paulo.
A primeira competição internacional da qual o Brasil participou foi o 1º  Campeonato Sul-Americano, em 1951, mesmo antes da fundação da Confederação Brasileira de Volley Ball (CBV), em 1954. O Sul-Americano foi patrocinado pela então Confederação Brasileira de Desportos (CBD), com o apoio da Federação Carioca de Volley Ball, e aconteceu no ginásio do Fluminense, no Rio de Janeiro, entre 12 e 22 de setembro daquele ano, sendo campeão o Brasil, no masculino e no feminino.
Em 1954, a Confederação Brasileira de Voleibol foi criada com o objetivo de difundir e desenvolver o vôlei no país. Dez anos mais tarde, o vôlei brasileiro marcou presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio, quando o esporte fez sua estréia na competição. Assim como no futebol o Brasil é o único país que disputou todas as Copas do Mundo, os sextetos nacionais masculinos de vôlei participaram de todas as edições das Olimpíadas.
A estréia do país em competições em solo europeu foi para a disputa do Campeonato Mundial de Paris (FRA), em 1956, quando a Seleção masculina foi comandada pelo técnico Sami Mehlinsky. O Brasil terminou na 11ª colocação.
A grande virada do vôlei brasileiro começou em 1975, quando Carlos Arthur Nuzman assumiu a presidência da CBV. Nuzman lutou para que o Brasil sediasse os mundiais juvenis masculino e feminino em 1977. Apostando na idéia de que marketing e esporte podem caminhar lado a lado, o dirigente atraiu a atenção das empresas para o esporte, o que nas Olimpíadas de Los Angeles possibilitou a criação de uma infra-estrutura permitindo a profissionalização dos atletas, no início da década de 80, e servindo de exemplo para os outros esportes coletivos do país.
Logo os bons resultados começaram a aparecer. O país conquistou a primeira medalha em um torneio de nível mundial na Copa do Mundo do Japão, em 1981, quando a Seleção masculina garantiu a medalha de bronze. No ano seguinte, a mesma equipe sagrou-se vice-campeã mundial na Argentina. Nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, o grupo de William, Renan, Bernard e Cia. conquistou a tão sonhada medalha, de prata. Num crescente, o Brasil chegou ao auge na conquista do ouro olímpico em Barcelona-1992, com a geração de Maurício, Tande, Giovane e Marcelo Negrão.

Depois, vieram as conquistas das Ligas Mundiais em 1993 e 2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009  e 2010, finalmente, o Mundial da Argentina, em 2002, Mundial do Japão, em 2006 e Mundial  da Itália em 2010 e Jogos Olímpicos de Atenas 2004, coroando um trabalho primoroso do esporte no país.

Paralelamente, a Seleção feminina também passou a ser sinônimo de competitividade no cenário mundial ao conquistar duas medalhas olímpicas, ambas de bronze, em Atlanta/96 e Sydney/2000 e medalha de ouro em Pequim 2008, além de sete edições do Grand Prix (1994, 1996, 1998, 2004, 2005, 2008 e 2009).

E não foi apenas nas quadras que os brasileiros mostraram domínio. Nas areias, o Brasil vem dominando o cenário mundial há duas décadas, conquistando várias etapas do circuito mundial e jogos olímpicos.
Os principais destaques do voleibol brasileiro:
Bernard, William, Montanaro, Renan, Tande, Geovane, Mauricio, Marcelo Negrão, Carlão, Ricardinho, Giba, Nalbert, Gustavo, Murilo, André Nascimento, Serginho, Vera Mossa, Isabel, Jaqueline, Fernanda Venturini, Ana Mozer, Sheila, Fofão, etc....
Técnicos: Bebeto de Freitas, Bernardinho, José Roberto Guimarães.



FUNDAMENTOS

Um time que deseja competir em nível internacional precisa dominar um conjunto de seis habilidades básicas, denominadas usualmente sob a rubrica "fundamentos". Elas são: saque, passe, levantamento, ataque, bloqueio e defesa. A cada um destes fundamentos compreende um certo número de habilidades e técnicas que foram introduzidas ao longo da história do voleibol e são hoje consideradas prática comum no esporte.
Saque ou serviço
O saque ou serviço marca o início de uma disputa de pontos no voleibol. Um jogador posta-se atrás da linha de fundo de sua quadra, estende o braço e acerta a bola, de forma a fazê-la atravessar o espaço aéreo acima da rede delimitado pelas antenas e aterrissar na quadra adversária. Seu principal objetivo consiste em dificultar a recepção de seu oponente controlando a aceleração e a trajetória da bola.
Existe a denominada área de saque, que é constituída por duas pequenas linhas nas laterais da quadra, o jogador não pode sacar de fora desse limite.
Um saque que a bola aterrissa diretamente sobre a quadra do adversário sem ser tocada pelo adversário - é denominado em voleibol "ace", assim como em outros esportes tais como o tênis.
No voleibol contemporâneo, foram desenvolvidos muitos tipos diferentes de saques:
  • Saque por baixo ou por cima: indica a forma como o saque é realizado, ou seja, se o jogador acerta a bola por baixo, no nível da cintura, ou primeiro lança-a no ar para depois acertá-la acima do nível do ombro. A recepção do saque por baixo é usualmente considerada muito fácil, e por esta razão esta técnica não é mais utilizada em competições de alto nível.
  • Jornada nas estrelas: um tipo específico de saque por baixo, em que a bola é acertada de forma a atingir grandes alturas (em torno 25 metros). O aumento no raio da parábola descrito pela trajetória faz com que a bola desça quase em linha reta, e em velocidades da ordem de 70 km/h. Popularizado na década de 1980 pela equipe brasileira, especialmente pelo ex-jogador Bernard Rajzman, ele hoje é considerado ultrapassado, e já não é mais empregado em competições internacionais.
  • Saque com efeito: denominado em inglês "spin serve", trata-se de um saque em que a bola ganha velocidade ao longo da trajetória, ao invés de perdê-la, graças a um efeito produzido dobrando-se o pulso no momento do contato.
  • Saque flutuante ou saque sem peso: saque em que a bola é tocada apenas de leve no momento de contato, o que faz com que ela perca velocidade repentinamente e sua trajetória se torne imprevisível.
  • Viagem ao fundo do mar: saque em que o jogador lança a bola, faz a aproximação em passadas como no momento do ataque, e acerta-a com força em direção à quadra adversária. Supõe-se que este saque já existisse desde a década de 1960, e tenha chegado ao Brasil pelas mãos do jogador Feitosa. De todo modo, ele só se tornou popular a partir da segunda metade dos anos 1980.
  • Saque oriental: o jogador posta-se na linha de fundo de perfil para a quadra, lança a bola no ar e acerta-a com um movimento circular do braço oposto. O nome deste saque provém do fato de que seu uso contemporâneo restringe-se a algumas equipes de voleibol feminino da Ásia.

Passe
Também chamado recepção, o passe é o primeiro contato com a bola por parte do time que não está sacando e consiste, em última análise, em tentativa de evitar que a bola toque a sua quadra, o que permitiria que o adversário marcasse um ponto. Além disso, o principal objetivo deste fundamento é controlar a bola de forma a fazê-la chegar rapidamente e em boas condições nas mãos do levantador, para que este seja capaz de preparar uma jogada ofensiva.
O fundamento passe envolve basicamente duas técnicas específicas: a "manchete", em que o jogador empurra a bola com a parte interna dos braços esticados, usualmente com as pernas flexionadas e abaixo da linha da cintura; e o "toque", em que a bola é manipulada com as pontas dos dedos acima da cabeça.
Quando, por uma falha de passe, a bola não permanece na quadra do jogador que está na recepção, mas atravessa por cima da rede em direção à quadra da equipe adversária, diz-se que esta pessoa recebeu uma "bola de graça".
Manchete
É uma técnica de recepção realizada com as mãos unidas e os braços um pouco separados e estendidos, o movimento da manchete tem início nas pernas e é realizado de baixo para cima numa posição mais ou menos cômoda, é importante que a perna seja flexionada na hora do movimento, garantindo maior precisão e comodidade no movimento. Ela é usada em bolas que vem em baixa altura, e que não tem chance de ser devolvida com o toque.
É considerada um dos fundamentos da defesa, sendo o tipo de defesa do saque e de cortadas mais usado no jogo de voleibol. É uma das técnicas essenciais para o líbero mas também é empregada por alguns levantadores para uma melhor colocação da bola para o atacante.
Levantamento
O levantamento é normalmente o segundo contato de um time com a bola. Seu principal objetivo consiste em posicioná-la de forma a permitir uma ação ofensiva por parte da equipe, ou seja, um ataque.
A exemplo do passe, pode-se distinguir o levantamento pela forma como o jogador executa o movimento, ou seja, como "levantamento de toque" e "levantamento de manchete". Como o primeiro usualmente permite um controle maior, o segundo só é utilizado quando o passe está tão baixo que não permite manipular a bola com as pontas dos dedos, ou no voleibol de praia, em que as regras são mais restritas no que diz respeito à infração de "carregar".
Também costuma-se utilizar o termo "levantamento de costas", em referência à situação em que a bola é lançada na direção oposta àquela para a qual o levantador está olhando.
Quando o jogador não levanta a bola para ser atacada por um de seus companheiros de equipe, mas decide lançá-la diretamente em direção à quadra adversária numa tentativa de conquistar o ponto rapidamente, diz-se que esta é uma "bola de segunda".

Ataque
O ataque é, em geral, o terceiro contato de um time com a bola. O objetivo deste fundamento é fazer a bola aterrissar na quadra adversária, conquistando deste modo o ponto em disputa. Para realizar o ataque, o jogador dá uma série de passos contados ("passada"), salta e então projeta seu corpo para a frente, transferindo deste modo seu peso para a bola no momento do contato.
O voleibol contemporâneo envolve diversas técnicas individuais de ataque:
  • Ataque do fundo: ataque realizado por um jogador que não se encontra na rede, ou seja, por um jogador que não ocupa as posições 2-4. O atacante não pode pisar na linha de três metros ou na parte frontal da quadra antes de tocar a bola, embora seja permitido que ele aterrisse nesta área após o ataque.
  • Diagonal ou Paralela: indica a direção da trajetória da bola no ataque, em relação às linhas laterais da quadra. Uma diagonal de ângulo bastante pronunciado, com a bola aterrissando na zona frontal da quadra adversária, é denominada "diagonal curta".
  • Cortada ou Remate: refere-se a um ataque em que a bola é acertada com força, com o objetivo de fazê-la aterrissar o mais rápido possível na quadra adversária. Uma cortada pode atingir velocidades de aproximadamente 200 km/h.
  • Largada: refere-se a um ataque em que jogador não acerta a bola com força, mas antes toca-a levemente, procurando direcioná-la para uma região da quadra adversária que não esteja bem coberta pela defesa.
  • Explorar o bloqueio: refere-se a um ataque em que o jogador não pretende fazer a bola tocar a quadra adversária, mas antes atingir com ela o bloqueio oponente de modo a que ela, posteriormente, aterisse em uma área fora de jogo.
  • Ataque sem força: o jogador acerta a bola mas reduz a força e conseqüentemente sua aceleração, numa tentativa de confundir a defesa adversária.
  • Bola de xeque: refere-se à cortada realizada por um dos jogadores que está na rede quando a equipe recebe uma "bola de graça" (ver passe, acima).
Bloqueio
O bloqueio refere-se às ações executadas pelos jogadores que ocupam a parte frontal da quadra (posições 2-3-4) e que têm por objetivo impedir ou dificultar o ataque da equipe adversária. Elas consistem, em geral, em estender os braços acima do nível da rede com o propósito de interceptar a trajetória ou diminuir a velocidade de uma bola que foi cortada pelo oponente.
Denomina-se "bloqueio ofensivo" à situação em que os jogadores têm por objetivo interceptar completamente o ataque, fazendo a bola permanecer na quadra adversária. Para isto, é necessário saltar, estender os braços para dentro do espaço aéreo acima da quadra adversária e manter as mãos viradas em torno de 45-60° em direção ao punho. Um bloqueio ofensivo especialmente bem executado, em que bola é direcionada diretamente para baixo em uma trajetória praticamente ortogonal em relação ao solo, é denominado "toco".
Um bloqueio é chamado, entretanto, "defensivo" se tem por objetivo apenas tocar a bola e deste modo diminuir a sua velocidade, de modo a que ela possa ser melhor defendida pelos jogadores que se situam no fundo da quadra. Para a execução do bloqueio defensivo, o jogador reduz o ângulo de penetração dos braços na quadra adversária, e procura manter as palmas das mãos voltadas em direção à sua própria quadra.
O bloqueio também é classificado, de acordo com o número de jogadores envolvidos, em "simples", "duplo" e "triplo".
Defesa
A defesa consiste em um conjunto de técnicas que têm por objetivo evitar que a bola toque a quadra após o ataque adversário. Além da manchete e do toque, já discutidos nas seções relacionadas ao passe e ao levantamento, algumas das ações específicas que se aplicam a este fundamento são:
  • Peixinho: o jogador atira-se no ar, como se estivesse mergulhando, para interceptar uma bola, e termina o movimento sob o próprio abdômen.
  • Rolamento: o jogador rola lateralmente sobre o próprio corpo após ter feito contato com a bola. Esta técnica é utilizada, especialmente, para minimizar a possibilidade de contusões após a queda que é resultado da força com que uma bola fora cortada pelo adversário.
  • Martelo: o jogador acerta a bola com as duas mãos fechadas sobre si mesmas, como numa oração. Esta técnica é empregada, especialmente, para interceptar a trajetória de bolas que se encontram a uma altura que não permite o emprego da manchete, mas para as quais o uso do toque não é adequado, pois a velocidade é grande demais para a correta manipulação com as pontas dos dedos.


Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre
Professores Graça e Gilson – 2011

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